Em noite de muita festa e confraternização no Mineirão, o ídolo celeste Sorín disputou nesta quarta-feira o último jogo da vitoriosa carreira. O Cruzeiro venceu o Argentinos Juniors, por 2 x 1, em jogo amistoso presenciado por mais de 42 mil cruzeirenses que lhe prestaram uma justa homenagem no Mineirão.O resultado era o que menos importava. Todos estavam ali para participar, cada um à sua maneira, da despedida do ídolo celeste. E também registrar o momento. Como o goleiro argentino Peric, que guardou uma câmera fotográfica dentro do gol e não se furtou em tirar algumas fotos do jogo nos momentos em o Argentinos Juniors atacava.
Mesmo sem treinar a sério há mais de três meses, Sorín mostrou a habitual gana. Correu o quanto pôde, percorreu a ala esquerda e invadiu a área como nos bons tempos, muito disposto a encerrar a carreira com um gol marcado. E era o que todos queriam.
Com uma grande festa, o jogador argentino Juan Pablo Sorín se despediu do futebol na noite desta quarta-feira, no Mineirão, na vitória de 2 a 1 do Cruzeiro sobre o Argentino Juniors, clube que o revelou. Os gols celestes foram marcados por Bernardo e Guerrón.
Além das várias homenagens ao ídolo, o amistoso teve lances inusitados: o goleiro do time argentino, Peric, tirando fotos durante a partida; as doze mudanças no time celeste; os argentinos sendo substituídos e depois voltando a campo e Sorín jogando 15 minutos pela equipe argentina, com short e meião do Cruzeiro.
Antes do jogo, o Mineirão também foi palco de outras comemorações: o ídolo eternizando os pés na calçada da fama do estádio; jogo festivo entre amigos de Sorín, com ex-jogadores, artistas e músicos e show da banda Skank.
Mais de 55 mil torcedores estiveram no Mineirão para celebrar a vitoriosa carreira de Sorín. Para valorizar o evento, o técnico do Cruzeiro, Adílson Batista, colocou em campo o time titular (exceto o volante Fabinho e o zagueiro Thiago Heleno, que se recuperam de contusões). Entretanto, a partir dos 25 minutos, foi substituindo todos eles. O Argentinos Juniors, envolvido na disputa do Campeonato Argentino, trouxe uma equipe alternativa a BH.
"Ver o Mineirão lotado foi um privilégio e um prazer. Não esperava tanta gente. Vou dar a volta olímpica com muita tristeza, vai ser muito duro, mas foi o que decidi. Obrigado por tudo. Estou muito feliz", afirmou Sorín.
Além de Cruzeiro e Argentinos Juniors, Sorín também defendeu River Plate, da Argentina, Juventus e Lazio, da Itália, Barcelona e Villarreal, da Espanha, Paris Saint-Germain, da França, e Hamburgo, da Alemanha. Sem contar os muitos anos defendendo as cores da seleção argentina, da qual foi capitão.
Dados do Jogador
Em sua carreira, Sorín conquistou 12 títulos. A Liga dos Campeões (1995), pela Juventus, uma Libertadores (1996), três Apertura (1996, 1997 e 1999), uma Supercopa (1997), um Clausura (1997), todos pelo River Plate, uma Copa do Brasil (2000), duas Copa Sul-Minas (2001 e 2002) e um Campeonato Mineiro, pelo Cruzeiro, e uma Copa da França (2003/2004), pelo Paris Saint-Germain.
Na seleção argentina, participou de 76 jogos e marcou 12 gols.
Palavras do Jogador
O lateral-esquerdo argentino acredita que será lembrado como um jogador de garra e entrega. "Sou um homem feliz. Foram muitos anos no futebol e vou deixar essa carreira sabendo que sempre que vesti a camisa deixei alma, deixei sangue", comentou.












